Desde o DNA até a forma como você sorri, pensa, age e sente, não existe ninguém no mundo exatamente como você. Essa singularidade não é fruto do acaso, mas a expressão intencional de um Criador que valoriza os detalhes. A Bíblia declara: “Tu me formaste no íntimo do meu ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável” (Salmos 139:13-14). Isso significa que até as características que você considera imperfeitas fazem parte de uma obra-prima em construção.
Cada pessoa carrega uma história única e preciosa. Mesmo quando a vida parece pesada, ela continua tendo valor. Em um mundo onde o amor parece depender do desempenho, da aparência ou do sucesso, é libertador saber que existe um amor que não muda diante dos nossos erros, quedas ou fragilidades: o amor de Deus. Ele nos conhece por completo, inclusive nossas sombras, e ainda assim nos escolhe todos os dias.
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Na América do Sul, milhares de pessoas enfrentam o sofrimento emocional em silêncio. Estima-se que, em média, 11 pessoas a cada 100 mil tiram a própria vida por ano nessa região[1]. Essa dura realidade atinge diferentes idades e contextos, afetando especialmente jovens e idosos.
Esse quadro nos chama à responsabilidade de olhar com mais atenção para quem está ao nosso redor. A dor nem sempre é visível, mas a escuta atenta e o acolhimento podem transformar vidas — e até salvá-las.
Você tem valor
Mesmo nos dias mais escuros, você é amado, visto e importante. Há um propósito para sua existência. Deus conhece sua dor e está ao seu lado. Buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas de coragem.
Sinais que indicam o sofrimento
Alguns comportamentos podem indicar que uma pessoa está passando por momentos difíceis:
- Se afastar das pessoas;
- Ficar mais calada ou irritada;
- Demonstrar tristeza constante;
- Dizer frases como “não aguento mais” ou “queria sumir”;
- Fazer “despedidas” ou doar pertences importantes.
Estes são sinais que merecem atenção e carinho.[2]
Como ajudar?
A ajuda pode começar com atitudes simples:
- Ouça com atenção, sem pressa e sem julgar;
- Mostre que você se importa, mesmo sem ter todas as respostas;
- Sugira buscar ajuda profissional, como psicólogos ou médicos;
- Esteja presente, com pequenas atitudes: uma visita, uma mensagem, uma oração;
- Compartilhe esperança. Falar sobre fé pode aquecer corações cansados.[3]
E se você conhece alguém que esteja sofrendo, ofereça apoio. A presença de uma pessoa atenta pode salvar uma vida.
Giselly Zahn Erthal é pedagoga e psicóloga clínica, especialista em Terapia Comportamental Dialética (DBT). É doutoranda em Ensino em Saúde pela Universidade Estadual do Pará.
Referências:
[1] TheGlobalEconomy.com – Suicide mortality rate South America
https://www.theglobaleconomy.com/rankings/suicides/South-America/
[2] OMS – Suicídio: dados e estratégias de prevenção
https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/suicide
[3] Infográfico: sinais e como ajudar
https://painel.programasaudeativa.com.br/materias/saude-da-mente/infografico-setembro-amarelo

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